Eu
e meus pensamentos acordamos da insônia por volta das cinco horas, antes que o
sol nascesse outro dia enfadonho e claustrofóbico. As nossas ideias não mais combinavam
e isso nos enlouquecera. Só um objetivo nos unia: deixar o confinamento a que
estávamos submetidos há três longos anos, no interior da minha cabeça. Mas, finalmente
a pandemia havia acabado. Nada nos impediria de abrir a porta e sair correndo,
cada um pra um lado. Eu pra uma vida de aventuras e liberdade, inclusive a de
não pensar, só existir, sem máscaras ou preocupações. Os meus pensamentos que
escolhessem os seus destinos, que poderiam ser o de atormentar uma cabeça que
não seria a minha, já vazia. Talvez até seguirem soltos, a esmo, à toa, como eu
renascendo neste mundo miserável, triste e também vazio.
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