Naquela noite em
seu quarto, o inesperado aconteceu. Sem que conseguisse tirar Mariana dos seus
pensamentos, George foi relembrando os momentos agradáveis que tinham passado
juntos. A graciosidade da namorada, a troca de carinhos, os abraços ardorosos,
os beijos apaixonados, tudo aquilo foi estimulando o rapaz de tal forma que de
repente ele descobriu que estava tendo a primeira ereção da sua vida! Quando
olhou para baixo o seu biscoitinho estava duro e com pouco mais de “dois centímetros
de comprimento”. O Negão Japonês foi às lágrimas de emoção. Aquilo não era
suficiente para ele ter uma vida corriqueira ao lado da sua consorte, mas já
permitia que com a ajuda de uma pinça ele pudesse até se masturbar! Pulou da
cama desesperado. Será que agora conseguiria uma solução para fazer o seu
apoucado consolo crescer? Mas já tinha passado por tantos especialistas.
Começaria tudo de novo e correria o risco do escárnio e do vexame? Faria tudo
para ter o amor eterno daquela mulher, mas valeria a pena ter esperanças? Ele
tinha que ganhar tempo, inventar uma desculpa esfarrapada qualquer para não
transar com sua amada. Inventaria convicções religiosas da família ou alguma
tradição esdrúxula de fazer sexo só após o casamento. Enquanto isso decidiria
se procuraria os médicos outra vez e aprenderia técnicas sexuais para levar a
namorada à loucura, mesmo sem penetração. O problema era que abster-se de sexo
na plenitude não combinava com duas pessoas tão jovens, modernas e saudáveis.
Além disso, Mariana tinha se revelado tão fogosa no primeiro encontro que ele
tinha sucumbido totalmente ao prazer dos seus afagos. Como fazer para não
estragar tudo e não perder a mulher dos seus sonhos?
Nos meses seguintes o romance tomou conta da
mídia. Fotos do casal namorando em vários eventos tomaram as páginas dos
jornais e das revistas de variedades. A manchete relativa ao primeiro dia de
namoro fora estampada em letras garrafais e reproduzida em todo o mundo:
LAÇARAM GEORGE! Nos programas de fofocas o tema passou a ser discutido
exaustivamente e a vida discreta de Mariana foi completamente devassada e
exposta. Quem era a mulher que conquistara o maior partido brasileiro? O que
tinha aquela linda negra de tão fora do comum? Que armas ela tinha utilizado
para seduzir o jovem modelo e ator? Mariana passou a ser admirada e invejada na
mesma intensidade. Em todas as rodas de debates os jornalistas e apresentadores
discutiam se George e Mariana tinham sido feitos um para o outro. Teve gente
duvidando que aquele conto de fadas durasse. Mariana tirou tudo de letra.
Preservando a sua vida particular e o amor por George, dava pouquíssimas e
curtas entrevistas. E George teve que contratar seguranças para ambos, porque a
perseguição dos paparazzis passou a ser inflexível. Contudo ninguém podia
imaginar o verdadeiro drama que estava acontecendo. Nenhum escritor por mais
perverso poderia ter criado um roteiro assim escabroso. A realidade era
tenebrosa. George encontrava-se diariamente com Mariana e a cada momento o amor
e dependência mútua dos dois aumentavam, mas o seu catatau não. Todas as noites
o rapaz reclamava e descrevia sua revolta ao Deus cruel e impiedoso que tornara
a sua existência uma tortura.
Em certa
madrugada a insônia martirizou George tão violentamente que ele bebeu álcool
pela primeira vez, entornando uma garrafa de whisky. Não sabia o que fazer. Os
médicos não lhe haviam trazido novas perspectivas. Não podia dividir a sua
angústia com ninguém, muito menos com a mulher que amava mais do que tudo na
vida. Sem Mariana nada mais faria sentido, não haveria mais luz, a graça de
respirar acabaria. Ele se sentia um farrapo humano, um deserdado da sorte, um
órfão de alegria. O Negão Japonês se resumia num miserável infeliz com o mais
subalterno toco do universo. Devido ao adiantado da hora não havia fotógrafos
de plantão e os seguranças dormiam no apartamento. George saiu discretamente quase
ao amanhecer para perambular a esmo pelas ruas completamente embriagado, até
que chegou a porta de um prostíbulo. Imediatamente reconhecido pelas três
prostitutas que ainda estavam na casa, ele entrou amparado pelas meninas, que
ao verem o estado deplorável do coitado deitaram-no numa cama, mas aproveitaram
para cobrir aquele sonho de consumo feminino de beijos.
Primeiro tiraram
a blusa do Negão Japonês e as três simultaneamente o brindaram com as carícias
mais eróticas. Morderam o pescoço, os lábios e o tórax que era um espetáculo,
depois lamberam a barriga tanquinho. Os sapatos e meias dele foram dispensados
pelas quengas sem que o jovem conseguisse esboçar qualquer reação. A sua visão
estava turva. Sabia o que estava acontecendo, mas não conseguia impedir ou
emitir qualquer protesto. As putas, na maior agitação, agradeciam aos céus
aquela recompensa merecida recebida após árduas horas de trabalho. As
profissionais do sexo foram abrindo o cinto da calça e abaixando o zíper do
modelo, ao mesmo tempo em que com as mãos e línguas exploravam o corpo daquele
homem irresistível. Esfregando os corpos no corpo do Negão Japonês, as três
meretrizes se prepararam para o clímax, e aproximando as bocas carnudas da
cueca samba canção que o moço usava, puxaram para baixo o incômodo pano.
As três
rameiras, com os olhos arregalados, caíram para trás se esborrachando no chão.
Cadê a baguete, o escavador, o bate-estaca, o chouriço, o ferro, o cipó daquele
homem? O que era aquilo, aquele botãozinho durinho ali no meio das pernas do
notável negro? Impossível. As vagabundas não acreditaram no que viram. As
gargalhadas foram estrepitosas. Elas choraram de tanto rir e o Negão Japonês
ali entregue, indefeso. E o descuidado bebum inexperiente nem conhecia a máxima
“cu de bêbado não tem dono”. As vadias resolveram compensar a decepção
divertindo-se com George. Pegaram diversos instrumentos para uma sessão de sexo
sado-masoquista daquelas: chicotes, vibradores, correntes, algemas, anéis e
assemelhados. De uma forma ou de outra o Negão Japonês ia perder a virgindade.
E perdeu!
Quando melhorou
levemente do porre com o rabo ardendo, recuperou a consciência e se viu pelado
na frente das três pervertidas. Implorou para que elas devolvessem as suas
roupas e para que mantivessem segredo da sua desgraça. As mulheres de vidas que
se tornariam realmente fáceis soltaram as algemas e pediram grana, muita grana.
George nem pestanejou. Fez três cheques de valores que iam resolver a situação
das moças. Bastava elas aplicarem o dinheiro que passariam a “dar” apenas por
prazer. Beijaram muito o Negão Japonês, agradeceram a “generosidade” com
sorrisinhos sarcásticos e juraram que nunca iriam contar a qualquer pessoa que
ele tinha uma zimba tão inferior, quase igual ao pinto de um pinto! Riram mais
um pouco e foram embora para nunca mais voltarem. Andando meio diferente, o
Negão Japonês chamou um táxi e correu pra por talquinho no loló...
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