Seguidores

sábado, 14 de dezembro de 2019

OS PÉS DE MARIA - Parte 4


Os pés de Maria a conduziram a uma academia de ginástica. Só faltava essa. Os seus pés indiretamente estavam lhe afirmando que precisava queimar umas calorias. Sabia que não adiantaria lutar contra, então pagou por algumas horas de tortura em esteiras, bicicletas, piscinas, aparelhos de musculação, exercícios de alongamento, ginástica rítmica e tudo o que qualquer viciado no culto à boa forma poderia desejar. Não era o caso dela, que estava só um pouquinho fora do peso ideal. Mas Maria parecia a Daiane dos Santos em inicio de carreira, tamanho o afinco com que seus pés obrigaram-na a mergulhar rumo à saúde do corpo.

Maria se exercitou por longo tempo com a atenção de toda a academia, até que teve uma idéia que para ser executada, necessitaria de muita coragem e perspicácia antes que os seus pés descobrissem o seu intento. Seria dolorido, mas talvez se algum daqueles pesos menores caísse em seus pés poderia deflagrar a volta à normalidade. Cada vez que passava perto dos pesos ela media as possibilidades. Nesse caso não era hesitação, era estratégia. Certa hora ela agiu, pegou um peso e atirou sobre o seu pé direito gritando ‘toma filho duma putaaaaa... ’ Os freqüentadores e instrutores da academia se sobressaltaram com aquilo e se admiraram ao ver o pé direito de Maria desviar para o lado escapando de um quase esmagamento por um triz. Maria agarrou-se num aparelho com uma das mãos e com a outra passou a pegar pesos e atirar nos seus pés, mas eles desviavam de todos com uma rapidez incrível. Os instrutores se aproximaram da maluca e a seguraram fortemente para impedir que ela continuasse com aquele desvario, mas Maria realmente perdera a razão e tudo o que viu pela frente usou para tentar atacar, cortar, machucar, atravessar, fincar e ofender os próprios pés. Mas eles, os pés de Maria, eram muito mais ágeis e a tiraram de perto dos instrutores e de qualquer objeto que ela pudesse utilizar como arma. Pasmos, os clientes da academia chamaram uma ambulância julgando que Maria havia fugido de algum hospício. Devia ser uma louca com síndrome de autodestruição, uma suicida em potencial, uma masoquista extremista tremendamente nociva à sociedade. Os pés de Maria espertamente pularam uma janela aberta e a carregaram dali, afastando qualquer risco ou chance dela ser aprisionada. Maria sorriu quando percebeu que estava entrando outra vez em casa, no seu banheiro, embaixo da sua ducha para mais um banho relaxante. Estava quebradíssima...

Os pés indicaram a Maria em seu armário qual a roupa que ela deveria usar. Ela vestiu uma calcinha justa, um vestidinho curto e leve, vestimenta adequada para aquela tarde quente. Com seus seios firmes e volumosos, no auge dos seus 24 anos, soutiens eram dispensáveis. Colocou a sandália preferida dos seus pés e lá foram perambulando pelas ruas. Pararam em um restaurante de comidas naturais e Maria nem pestanejou para fazer o seu prato, pois os pés paravam na frente das verduras e legumes que, na opinião deles, ela deveria degustar. Maria gostava mesmo é de uma suculenta picanha e suou para comer brócolis, pepino, escarola, abobrinha, bolinhos de soja sem sal, xuxu refogado... Depois da frugal refeição caminharam muito, até que os pés de Maria tomaram sentido mais definido. Ela percebeu que eles iam à direção de um estabelecimento onde havia vários homens na entrada. Ela ficou ressabiada, mas não tinha como recuar. Os pés se apressaram e ela conseguiu ler a placa. Era uma casa de strippers. Maria gelou. Qual era a intenção daqueles malditos pés? Desnudá-la inteira em sentimentos e vergonhas? Fez menção de se virar para retornar, mas era impossível, já estava dentro da casa, na beira do palco, os homens com a maior cara de tarados aplaudindo e assobiando. Maria era cheia de pudores, nunca tinha transado com um homem no primeiro encontro, tinha travas. Era linda, mas não tinha segurança da sua beleza. Mesmo dona de um belo e delicioso corpo, sempre encontrava defeitos nele, ou seja, nunca curtira o sexo de forma totalmente natural. A música rolou e Maria foi retirada desses devaneios porque os seus pés começaram a dançar, fazendo com que suas pernas se agitassem e sua cintura gingasse sensualmente.

Lá estava Maria, loirinha de olhos azuis, toda delicada, vendo aqueles nojentos babando por ela. O pior é que ela nem tinha como gastar o tempo, por estar vestindo pouquíssimas peças de roupa. Tirou uma sandália, jogou pro lado. Tirou a outra, jogou pro outro lado e os urros da turba soaram vociferantes, efeito dos seus maravilhosos pés que pareciam pintados por um artista romântico. Romântico e sacana demais, porque os pés de Maria provocavam um tesão imensurável nos homens. Ela se dirigiu ao cano colocado no centro do palco como se fosse uma stripper experiente. Os seus pés fizeram com que suas pernas grudassem no cano e ela subiu e desceu no ritmo da música, virou de ponta cabeça deixando o vestido cair, ficando somente com a calcinha minúscula para mostrar ao bando de depravados o seu corpo estonteante. Maria, ruborizada, no seu íntimo até que começou a se excitar e a gostar daquela estória, apesar de não querer admitir. Não tinha outro jeito mesmo, já estava quase nua. Largou o cano e os pés a aproximaram da ponta do palco. Ela, dançando, virou de costas, foi abaixando devagarzinho a calcinha deixando à mostra a sua bundinha saborosa e virgem. Os homens, de olhos vidrados, ficaram todos de pé gritando e aplaudindo a moça efusivamente, tipo um bando de gorilas vendo as macaquinhas no cio pulando de galho em galho. Com a calcinha nas mãos, os pés a viraram de frente e para surpresa da platéia fizeram com que Maria pulasse do palco para o meio dos homens onde foi apalpada, acariciada, beijada, lambida, mordiscada, arranhada, estapeada e chupada. Quando três homens pelados, ávidos por possuir Maria aproximaram os seus membros da moça que já havia se liberado ao prazer devasso e à luxúria, os seus pés resolveram acabar com tudo. Só deu tempo de vestir as sandálias, o vestido e correr levada pelos seus pés com o coração disparado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário